sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Maratona Literária Viagens (In)Esperadas #9 [Desafio 3]


Mais um dia de leituras, mais um desafio...Desta vez as coisas andam pelos lados do castanho, que tem associado a si os significados de paciência e maturidade. Assim sendo, somos questionados acerca da nossa relação com a leitura de calhamaços e se temos notado diferenças ao longo dos anos. Com o passar do tempo, terei eu mais ou menos paciência para os ler?

Bem, se leram a minha resposta ao último desafio, terão reparado que acabei por falar um pouco acerca disto. Tal como mencionei nessa resposta, tenho vindo a notar que à medida que os anos avançam  vou guardando a leitura de livros de maior dimensão para as épocas mais frias, particularmente para o pico do inverno. No entanto, mais recentemente, tenho-me também vindo a aperceber que se estiver a ler um 'tijolo' em ebook já não me faz tanta diferença se o estiver a ler no verão, por exemplo. Penso que o facto de não ver o volume real do livro acaba por me ajudar a abstrair-me da extensão que ele efectivamente tem e, assim, não me deixar afectar tanto pela dimensão do compromisso, digamos assim, que é a leitura de um calhamaço.

Ainda assim, outra coisa que notei ao pensar na resposta para esta pergunta foi que quer-me parecer que, curiosamente, era mais dada à leitura de calhamaços quando era mais nova do que o sou agora que já sou adulta. Conscientemente, parece-me estranho que tenha sido à medida que a minha maturidade em termos pessoais foi crescendo que a dimensão dos livros que mais leio tenha diminuído. No entanto, penso simultaneamente é algo que faz sentido a um nível quase inconsciente; quero com isto dizer que, para mim, faz sentido que à medida que a rotina diária da minha vida começou a desenvolver um ritmo mais rápido, com mais responsabilidades e menos tempo disponível (o que influencia a minha desde sempre curta paciência), o meu sub-consciente tenha começado a fazer-me optar por leituras mais pequenas e mais rápidas: deste modo tenho a possibilidade de ler em maior quantidade e mais rapidamente, o que me permite uma gratificação mais imediata.

De qualquer das maneiras, penso que esta minha resposta poderá induzir um pouco em erro, e isto porque depende da visão de cada um acerca do que é um calhamaço. Para esta maratona, por exemplo, são considerados como tal livros a partir de 400 páginas. No entanto, na minha opinião pessoal, esse número de páginas corresponde a um livro de dimensão média. Se um livro tiver perto das 600 páginas ou mais é que já o vejo como sendo um tijolo. Ou seja, visto por estes parâmetros, os livros que planeei ler para esta maratona encontram-se dentro da minha média habitual de leitura e não equivalem aos calhamaços que mentalmente estava a imaginar quando elaborei esta minha resposta.

Sem comentários:

Enviar um comentário