domingo, 20 de outubro de 2013

Entre Páginas: Shadowfell, de Juliet Marillier [Opinião]


Autor: Juliet Mariller

Editor: Planeta

Edição: Novembro de 2012

Colecção/Série: Shadowfell

Páginas: 381

Formato: Capa mole

Título original: Shadowfell



Sinopse:
Na terra de Alban, onde o jogo tirânico de Keldec reduziu o mundo a cinzas e terror, a esperança tem um nome que só os mais corajosos se atrevem a murmurar: Shadowfell. Diz a lenda que aí se refugia uma força rebelde que lutará para libertar o povo das trevas e da opressão.
E é para lá que se dirige Neryn, uma jovem de dezasseis anos que detém um perigoso Dom Iluminado: o dom de comunicar com os Boa Gente e com as criaturas que vivem nas profundezas do Outro Mundo. Seá Neryn forçada a fazer esta perigosa viagem sozinha? Ou deverá antes confiar na ajuda de um misterioso desconhecido cujos verdadeiros desígnios permanecem por esclarecer?
Perseguida por um império decidido a esmagá-la e sem saber em quem pode confiar, Neryn acabará por descobrir que a sua viagem é um teste e a chave para a salvação do reino de Alban pode estar nas suas próprias mãos.

Opinião (Patrícia):
De há vários anos a esta parte que a neozelandesa Juliet Marillier se tornou um nome sonante no que toca à fantasia histórica. Muitas vezes comparada a Marion Zimmer Bradley, Marillier tem um vasto currículo que se estende desde as salas de aula, nas quais ensinava música, aos palcos das óperas nas quais cantou.

Com dezassete títulos publicados até hoje, foi em 1999 que o seu talento como escritora foi dado a conhecer ao mundo através de A Filha da Floresta, o primeiro volume da sua aclamada série Sevenwaters. Desde essa altura, não parou um único dia, nem mesmo quando em 2009  foi diagnosticada com cancro da mama. De todas as suas obras, apenas uma não se encontra traduzida na nossa língua: Prickle Moon, uma colectânea de contos sobre as mais variadas mitologias e contos de fadas.

Ainda assim, Shadowfell, o primeiro livro da mais recente série da autora, pode ser considerado o seu novo grande sucesso. Depois de uma mais difícil leitura da saga das Ilhas Brilhantes, foi com um pouco de receio que iniciei este novo livro. No entanto, este acabou por se revelar o oposto de O Filho de Thor e A Máscara da Raposa e uma óptima surpresa.

Neste livro ficamos a conhecer Neryn, uma jovem com um dom especial , num mundo em que pessoas como ela são perseguidas incessantemente. Sem outra família que não o seu pai, Neryn vê-se, de um momento para o outro, entregue a um estranho no qual não sabe se pode ou não confiar. Flint, esse mesmo estranho, é desde o início um enigma que lentamente vai sendo desvendado; é forte e, por vezes, até um pouco bruto, mas consegue ser também meigo e protector. E é com ele que Neryn inicia uma perigosa viagem por terras de Alban; uma viagem rumo ao seu destino, repleta de surpresas, alguns perigos e muita magia, bem ao género de Marillier.

Uma leitura fácil e agradável, em muito me recordou a série Sevenwaters, de longe a minha preferida desta autora. Várias foram as vezes em que quase esperei ver o nome Sorcha em vez de Neryn. Um livro que nos encanta do princípio ao fim, portanto, tal como Juliet Mariller já nos tem vindo a habituar. Recomendo, sem dúvida, e aguardo com muita curiosidade a publicação do segundo livro da série.

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